domingo, 25 de novembro de 2012

SUSTENTABILIDADE E PSICOLOGIA AMBIENTAL

Desperdício de alimentos

Ao adentrarmos em nossa casa e sentarmos à mesa, não temos idéia do numero de pessoas que estão passando fome no mundo, de toneladas de alimentos que vão para o lixo diariamente, parece uma discrepância falar de fome e ao mesmo tempo de desperdício, mas essa é uma realidade que não está distante de nós, pois em nosso próprio país, pessoas tem ido para a cama todos os dias sem querer uma refeição, será que temos a noção da quantidade de alimentos que são desperdiçados diariamente?
 Sendo que esse desperdício, já acontece desde a colheita até chegar as nossas casas, vejamos:
·         20% na colheita;
·          8% no transporte e armazenamento;
·         15% na indústria de processamento;
·         15 no varejo;
·         20% no processamento culinário e hábitos alimentares.
 Brasil é quarto produtor mundial de alimentos (AKATU, 2003), produzidos, 25,7% a mais do que necessita para alimentar a sua população.
Esse índice de desperdiço vem contribuindo para a fome em nosso país,enquanto desperdiçamos,existem milhões de seres humanos que vivem em estado de pobreza absoluta, pois sua renda é tão baixa que ficam impedidos de ter uma alimentação mínima diária satisfatória, condenados a uma crônica subnutrição.
O Brasil, apesar de ser um dos países mais ricos do mundo, Já que possuímos o 8º maior numero de Produto Interno Bruto (PIB) do mundo, continua registrando um dos maiores índices de miséria e fome, um triste retrato, e uma dura realidade, que atinge mais de 32 milhões de habitantes em nosso país, ou seja, podemos dizer que aproximadamente 16,30% de nossa população passam fome.
A alimentação alternativa, criada para combater a desnutrição, inclui alimentos de alto valor nutritivo, de custo muito baixo, de paladar adaptado à região e preparo rápidos. Esse método contribui para evitar desperdícios, reaproveitando as sobras e cascas dos alimentos, diminuindo o quantitativo de lixo e por assim cuidando do meio ambiente e contribuindo para dar assistência à população de baixa renda, ensinando técnicas para o preparo de alimentos com alto valor nutritivo e de baixo custo.
Aqui estão algumas sugestões que podem ajudar no combate à fome e ao desperdício:

·         Alimentação escolar ajuda no aprendizado das crianças;
·         Cesta de alimentos para uso doméstico mantém as meninas na escola;
·         Vales permitem que cidadãos com fome tenham acesso a comida;
·         Curso de culinária.

Referencia;
Www.bancode alimneto.org. br/o-desperdicio-de-alimentos-no-brasil-Paula Louredo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
Instituto AKATU

Professor Orientador: Diogo Esmeraldo

A PSICOLOGIA AMBIENTAL NO BRASIL


       Estamos vivendo uma nova era, é o momento de repensarmos e revermos os nossos conceitos. Quais são nossas verdadeiras prioridades e que temos colocados em jogo. A Psicologia Ambiental, especialmente aqui no Brasil, é um tema que tem gerado controvérsia dentro da Psicologia. É uma área pratica da psicologia que ainda está em desenvolvimento, e que pouco é abordado, o que gera descrentes, fantasias e duvidas entre muitos profissionais, do que realmente é a Psicologia Ambiental.
       A história da Psicologia Ambiental é recente, referindo-se a década de sessenta. A discussão da Psicologia Ambiental no Brasil está ocorrendo, onde podemos dizer que seu projeto, como uma área de conhecimento, está em permanente construção. Esta tem como objeto de estudo o homem em seu contexto físico e social. Interessa-se pelos efeitos das condições do ambiente.
A Psicologia ambiental tem seu desenvolvimento a partir da psicologia social, à ligação     de uma com a outra é o fato de focar o problema que existe com o homem e com o seu ambiente e os impactos causados. O surgimento da Psicologia Ambiental no Brasil é considerado como uma das épocas pioneiras da psicologia, por ser utilizado no planejamento de cidades na década de 60.
A psicologia Ambiental também interferir em diversos locais e de diferentes formas.
Como na família e na comunidade, assim procurando proporcionar melhoria na moradia.
       Os primeiros livros foram publicados, naturalmente nos Estados Unidos, na década de 70, apenas 10 anos do que na França, sendo ainda uma disciplina bastante jovem, até mesmo mais jovem do que a psicologia brasileira. A psicologia ambiental trata de certas temáticas bem especificas, uma que é bem importante é o espaço físico, pois nos comportamos diferentemente, dependendo do espaço que ocupamos, Por isso hoje a psicologia ambiental engloba varias áreas que queiramos ou não fazem parte do nosso cotidiano e que de alguma forma acabam tento uma influencia muito forte, a ponte de mudar o nosso humor, e até a roupa que vestimos o que comemos e a qualidade do nosso sono, entre outras coisas. Por isso hoje existe uma preocupação muito grande por parte das organizações governamentais e empresas privadas, que estão investindo pesado em pesquisas que possam melhor a qualidade do nosso ambiente e garantir que as gerações futuras tenham um ambiente saudável.
       Hoje se pode afirmar que a psicologia ambiental está em praticamente todas as áreas, pois ela é objeto de estudos nas mesmas, existe um trabalho que tem como fator principal que é a convivência pacifica do homem com ambiente e do ambiente com o trabalho. Esses estudos englobam a várias áreas tais como: Psicologia do Trânsito, Pedagogia, Engenharia, Biologia, Agronomia, Antropologia, Ciências Sociais e inclusive, a Psicologia do Trabalho.
      Muitos são os comportamentos vislumbrados sobre a saúde na dependência da organização espacial, seja localizada ou ampliada. O pensar do ser humano em seu habitat e a forma como se relaciona com o meio em que vive tem sido objeto de estudo de toda a história da humanidade, não sendo diferente nos estudos e práticas em saúde. Na área de saúde mental.
A personalização do espaço é um comportamento territorial que envolve a ação deliberada de modificar as características de um ambiente, para refletir a identidade de um grupo ou de um individuo. Ao projetar características particulares no espaço, o individuo define um território regula as interações sociais e fortalece o sentido de pertencimento a um lugar. As pesquisas que discorrem direta ou indiretamente sobre a personalização do espaço construído têm concentrado, em grande parte, nos ambientes de trabalho e de cuidado da saúde e têm demonstrado que proporcionar mais controle ambiental às pessoas, por meio da personalização, melhora os níveis de satisfação, bem-estar, favorece avaliações ambientais positivas, e eleva a autoestima.
       Estando os Princípios da Natureza presente em tudo que existe, e corroborando a visão de totalidade, conclui-se que estes representam um fundamento de vital importância para o aprofundamento desta compreensão homem-natureza, podendo ser utilizados tanto pela Psicologia Ambiental como pela Ecologia Profunda.
A Psicologia Ambiental, aliada à visão da Ecologia Profunda, e utilizando-se dos conhecimentos que facilitam a compreensão desses Princípios que estão contidos, de forma integrada e inter-relacionada, em tudo o que existe, poderá cumprir um relevante papel na consolidação do novo paradigma que pensa o homem e o planeta Terra como uma totalidade.


REFERÊNCIAS

Isabella Bello Secco é psicóloga pela PUCPR. Especializada em Gestão Ambiental pela FAE Business School. Consultora da Comportamento - Psicologia do Trabalho. Membro da Comissão de Psicologia Ambiental do CRP 08 - Paraná. 4 REFERÊNCIAS
BASSO, Theda; AMARAL, Moacir. Triângulos: estruturas de compreensão do ser humano.
São Paulo: Ed. Do autor, 2007, 299 p.
BEE, H. O ciclo vital. São Paulo: Artmed, 1997, 658 p.
BERKELEY, George. Três diálogos entre Hylas e Philonous. Tradução Gil Pinheiro. São
Paulo: Ícone, 2005, p. 73, 191 p.
BOFF, Leonardo. Saber cuidar: ética do humano – compaixão pela terra. 6◦ ed. Petrópolis,
Rio de Janeiro: Vozes, 1999, 199 p.



Professor Orientador: Gustavo Siquara

sábado, 10 de novembro de 2012

A MEDICINA POPULAR NO BRASIL E A SUSTENTABILIDADE



     A prática da medicina popular no Brasil é muito antiga, se deu bem antes dos portugueses aqui chegarem, iniciou-se com os nativos (índios) que habitavam na região, pois utilizavam ervas e substâncias de origem animal, sendo os Pajés que tinha a função de curandeiros e guia espiritual da tribo. Na medicina popular, diferente da medicina científica, o individuo não busca só a cura física, mas também a cura espiritual, o mesmo é tratado nos dois aspectos, pois muitas vezes se crer que a doença não tinha origem física e sim espiritual, três aspectos interessantes era utilizados: as plantas medicinais, as rezas e simpatias, entrando aí as famosas rezadeiras, que muitas vezes se valia desses três aspectos para realização de seu trabalho. Os africanos tinham o hábito de utilizar ervas e partes de animais em seus ritos e cultos e na cura de suas doenças físicas e espirituais, sendo essa prática ainda utilizada em nossos dias. Os portugueses por sua vez, trazendo consigo o cristianismo, satanizava essas práticas. A feitiçaria também utilizava dessa prática, pois se baseava no conhecimento de plantas e suas causas, sendo algumas venenosas.
A medicina popular busca, pois para a confecção de seus remédios sua matéria prima na própria natureza. O conhecimento de remédios e porções era praticamente a arte de curar e de santificar. . A maioria das drogas, remédios e substancias que utilizamos hoje em dia é basicamente advinda da medicina popular, pois através desse conhecimento que saiu do meio do povo, cientitas e estudiosos, começaram a pesquisar os efeitos e as substâncias encontradas nessas plantas e ervas, que de uma forma significativa vêm contribuindo para a descoberta de remédios, que se não trazem cura, ajudam bastante no processo da mesma. A medicina popular de uma maneira que meio sem querer, pelo menos no inicio, passou a ser uma fonte de renda e de sustento para muitas famílias, pois o cultivo de plantas e ervas e elaboração de soluções ou a venda das mesmas na forma natural movimenta o mercado informal onde famílias que antes não tinham como se manter têm sobrevivido e garantido o pão de cada dia, podemos ver isso nas feiras livres, até mesmo vendedores ambulantes que passam de porta em porta oferecendo as suas ervas e plantas medicinais, xaropes, pomadas,garrafadas e etc. A medicina naturalista também não deixa de ter sua origem na medicina popular, pois busca em meio a natureza a cura para muitos males, sendo procurada por muito, especialmente por aqueles que são adeptos do naturalismo , como também por aqueles que buscam uma forma alternativa para tratar seus males. Com essa movimentação no mercado a medicina popular tomou um rumo completamente diferente do que se podia imaginar, quem diria que aquele chazinho que nossa tataravó fazia, para curar um mal estar, estaria hoje nas prateleiras dos grandes supermercados, sendo fabricado em grande escala, gerando assim fonte de empregos para milhares de pessoas.
Queiramos ou não reconhecer a sabedoria que sai do meio do povo, temos que dar o braço a torcer, que se hoje aqui estamos é porque lá atrás alguém deu o primeiro passo e foi em busca de caminhos melhores para se andar, e por mais que a medicina evolua, a sabedoria popular que vendo sendo passada de geração para geração nunca morrerá. A medicina popular além de ser uma fonte de renda, é também uma das muitas formas de sustentabilidade, pois visa suprir as necessidades atuais dos seres humanos, sem comprometer as futuras gerações, pois também está diretamente relacionada ao desenvolvimento econômico e material, sem que o meio ambiente seja agredido, com substâncias toxicas, utilizando apenas os recursos da natureza e garantindo assim o desenvolvimento sustentável, pois muitos têm se valido da mesma para hoje ter uma vida digna.


Professor Orientador: Fabiano Viana Oliveira