domingo, 25 de novembro de 2012

A PSICOLOGIA AMBIENTAL NO BRASIL


       Estamos vivendo uma nova era, é o momento de repensarmos e revermos os nossos conceitos. Quais são nossas verdadeiras prioridades e que temos colocados em jogo. A Psicologia Ambiental, especialmente aqui no Brasil, é um tema que tem gerado controvérsia dentro da Psicologia. É uma área pratica da psicologia que ainda está em desenvolvimento, e que pouco é abordado, o que gera descrentes, fantasias e duvidas entre muitos profissionais, do que realmente é a Psicologia Ambiental.
       A história da Psicologia Ambiental é recente, referindo-se a década de sessenta. A discussão da Psicologia Ambiental no Brasil está ocorrendo, onde podemos dizer que seu projeto, como uma área de conhecimento, está em permanente construção. Esta tem como objeto de estudo o homem em seu contexto físico e social. Interessa-se pelos efeitos das condições do ambiente.
A Psicologia ambiental tem seu desenvolvimento a partir da psicologia social, à ligação     de uma com a outra é o fato de focar o problema que existe com o homem e com o seu ambiente e os impactos causados. O surgimento da Psicologia Ambiental no Brasil é considerado como uma das épocas pioneiras da psicologia, por ser utilizado no planejamento de cidades na década de 60.
A psicologia Ambiental também interferir em diversos locais e de diferentes formas.
Como na família e na comunidade, assim procurando proporcionar melhoria na moradia.
       Os primeiros livros foram publicados, naturalmente nos Estados Unidos, na década de 70, apenas 10 anos do que na França, sendo ainda uma disciplina bastante jovem, até mesmo mais jovem do que a psicologia brasileira. A psicologia ambiental trata de certas temáticas bem especificas, uma que é bem importante é o espaço físico, pois nos comportamos diferentemente, dependendo do espaço que ocupamos, Por isso hoje a psicologia ambiental engloba varias áreas que queiramos ou não fazem parte do nosso cotidiano e que de alguma forma acabam tento uma influencia muito forte, a ponte de mudar o nosso humor, e até a roupa que vestimos o que comemos e a qualidade do nosso sono, entre outras coisas. Por isso hoje existe uma preocupação muito grande por parte das organizações governamentais e empresas privadas, que estão investindo pesado em pesquisas que possam melhor a qualidade do nosso ambiente e garantir que as gerações futuras tenham um ambiente saudável.
       Hoje se pode afirmar que a psicologia ambiental está em praticamente todas as áreas, pois ela é objeto de estudos nas mesmas, existe um trabalho que tem como fator principal que é a convivência pacifica do homem com ambiente e do ambiente com o trabalho. Esses estudos englobam a várias áreas tais como: Psicologia do Trânsito, Pedagogia, Engenharia, Biologia, Agronomia, Antropologia, Ciências Sociais e inclusive, a Psicologia do Trabalho.
      Muitos são os comportamentos vislumbrados sobre a saúde na dependência da organização espacial, seja localizada ou ampliada. O pensar do ser humano em seu habitat e a forma como se relaciona com o meio em que vive tem sido objeto de estudo de toda a história da humanidade, não sendo diferente nos estudos e práticas em saúde. Na área de saúde mental.
A personalização do espaço é um comportamento territorial que envolve a ação deliberada de modificar as características de um ambiente, para refletir a identidade de um grupo ou de um individuo. Ao projetar características particulares no espaço, o individuo define um território regula as interações sociais e fortalece o sentido de pertencimento a um lugar. As pesquisas que discorrem direta ou indiretamente sobre a personalização do espaço construído têm concentrado, em grande parte, nos ambientes de trabalho e de cuidado da saúde e têm demonstrado que proporcionar mais controle ambiental às pessoas, por meio da personalização, melhora os níveis de satisfação, bem-estar, favorece avaliações ambientais positivas, e eleva a autoestima.
       Estando os Princípios da Natureza presente em tudo que existe, e corroborando a visão de totalidade, conclui-se que estes representam um fundamento de vital importância para o aprofundamento desta compreensão homem-natureza, podendo ser utilizados tanto pela Psicologia Ambiental como pela Ecologia Profunda.
A Psicologia Ambiental, aliada à visão da Ecologia Profunda, e utilizando-se dos conhecimentos que facilitam a compreensão desses Princípios que estão contidos, de forma integrada e inter-relacionada, em tudo o que existe, poderá cumprir um relevante papel na consolidação do novo paradigma que pensa o homem e o planeta Terra como uma totalidade.


REFERÊNCIAS

Isabella Bello Secco é psicóloga pela PUCPR. Especializada em Gestão Ambiental pela FAE Business School. Consultora da Comportamento - Psicologia do Trabalho. Membro da Comissão de Psicologia Ambiental do CRP 08 - Paraná. 4 REFERÊNCIAS
BASSO, Theda; AMARAL, Moacir. Triângulos: estruturas de compreensão do ser humano.
São Paulo: Ed. Do autor, 2007, 299 p.
BEE, H. O ciclo vital. São Paulo: Artmed, 1997, 658 p.
BERKELEY, George. Três diálogos entre Hylas e Philonous. Tradução Gil Pinheiro. São
Paulo: Ícone, 2005, p. 73, 191 p.
BOFF, Leonardo. Saber cuidar: ética do humano – compaixão pela terra. 6◦ ed. Petrópolis,
Rio de Janeiro: Vozes, 1999, 199 p.



Professor Orientador: Gustavo Siquara

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